Que és?
Sou um desenho feito à mão,
No teatro de operações, script em construção,
Enquanto ser, sou apenas mais um na imensidão.
Quando entre a cruz e espada, prefiro ponderar.
Afinal quem és tu?
Ao que indica, pode ser que eu seja:
Entre os distintos e os pares - minúsculo grão de areia,
Em movimento progressivo, pari e passu, transeunte incógnito.
Conquanto, incólume, permito-me a revisão do que sou ou me resta
Ao sopesar, deparo-me, com o acúmulo de esperança e o sobejo de
Esquecida tolerância – facetas de humanidade, partes da constituição
Daquilo que penso ser, em meio a oceanos de dúvidas - Talvez seja eu,
Apenas o brilho de uma estrela ou um sussurro ecoante na vastidão.
Quem sabe a lágrima de um sorriso, um dito popular, na aquarela a
Mescla de tantas cores que se torna incolor, aquele sabor agridoce,
Uma mistura de aromas, em meio a tanto, sou só - um sopro de vento;
Em resumo, decerto, minha imaginação, ao pontuar aponta sem vacilo:
- Tu és, na vasta extensão - O estribilho a se repetir na Composição.
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