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Na fluidez dos dias escoa-se a vida,
Sabiás deixam de cantar, ou tal vez não,
Quiçá apenas mudam o rumo ou de lugar.

Tal qual as rosas que se caem,
Indo às raízes se juntar;
Igual, os rios que se fundem ao mar.

Corrente que traz ao pensamento
Espanto ao tempo que faz admirar
A mudança que se opera em tudo quanto há

A árvore que deixa de ser verde, desdobrada
Em tosco banquinho aos meninos vai alegrar
O mais alto alcançado, sonhos a embalar.

Liquidez que assombra e que faz lembrar
Do que ficara velho, da perda de valia,
Das sobras, sogras, e do porvir...

E enquanto eu não caduco,
Nos trocadilhos das horas a mim me toca colocar
A pilha do relógio que não é raro e não possui cuco.

Quanto ao tempo, este, que se tenta definir e contar
Não é senão um cristal bonito que se quebra quando cai
E quem sabe não seja somente – a porção mínima da vida.

Adornada em palavras - tal Aventura,
Na plenitude da madrugada morna,
Sob a lembrança do galo a cantar...
Onde os pensamentos se tenta eternizar.

Texto agregado el 18-02-2018, y leído por 47 visitantes. (3 votos)


Lectores Opinan
18-02-2018 Todo bem! +++++ crazymouse
18-02-2018 Gostaria de deixar bem claro os meus parabéns. O teu pensamento límpido e coerente, fala aos homens e às mulheres do nosso tempo; a clareza, a beleza e a profundidade da tua linguagem sabem falar ao coração porque diz palavras de alegria, de liberdade, de beleza, de plenitude de vida, de amor sem confins, sem obrigações, sem fingimentos. ¡Felicitaciones carajo! -ZEPOL
18-02-2018 Belíssimo poema e profundo. ***** Nocheluz
 
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