Quem diria,
Todos os caminhos, agora, dão em ti.
Dobraste esquinas, te esquivaste, fizestes trocas...
Ações perfeitamente humanas que se desdobram no dia a dia.
Mas a vida nos trolla, e nos coloca em xeque...
De repente o jogo se desfaz e já não somos rainhas ou reis.
E quem vivo se mantem nos relega a um canto,
Sem canto, contos ou melodias onde mistérios rodeiam,
Ao meio dia ou à meia noite, exalando é um misto de dor, odor e
Deixas, sem se olvidar de qualquer ato e dos queixumes de saudades.
E agora tu...
Digo eu, então, por ti, a responder por mim Que puta sacanagem...!
Não te imaginavas ou supunhas,
Que te legariam por última moradia a minha vizinhança.
É meu caro, exatamente como sabido, mundo velho e pequeno, que fazer
E que caminhos tomo eu doravante contigo novamente em meu percurso.
Sabendo as esquinas por que passamos...
Me dá pena a que te encontras O saibro mal jogado a te fechar as portas.
Nem lápide ou epitáfio, apenas o teu nome manuscrito - Diluindo-se
Sob a força manifesta da vida, que faz germinar e potencialmente extermina.
É, assim é a vida, e notoriamente a morte certa e, segundo se tem, justa.
Paradoxos contumazes traçadores de rumos Em velhos e novos desenhos de rotinas.
Indo ou vindo tu a me cruzar o destino ouso e repito Puta sacanagem, pô!
|