Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá...
Gonçalves Dias - Canção do Exílio - Desde Coimbra.
Se saudade é a vontade de ver de novo,
Se cá me encontro, porém, assim distante...
O que estou a sentir é o mesmo que se sente estando além mares Saudades.
Como àquele, desde minhas saudosas lembranças Lhes conto
Que além de palmeiras e sabiás maranhenses Nestas terras, também tem
Árvores de galhos tortuosos, de porte pequeno, de raízes profundas, de cascas
Duras e grossas e de folhas cobertas de pelos Onde, também, cantam Sabiás.
Onde nascem flores lindas e que levam nome de meninas, são elas
Do mais intenso tons de rosa e lilás, que a natureza é capaz de inventar
Sem queixumes... Não me passou pela ideia... E não quis a ninguém magoar
Por suposto no cerrado há Ipês e Flamboyant, a Flor do Pequi, o Chuveirinho...
Ah, Gonçalves...
Talvez, não se morra de amor, como defendeste...
Mas, que se morre, morre! Assim é.
E quando eu morrer - Que não me lamentem a partida, apenas
E se possível se encarregue ao vento minhas cinzas - Quero me entranhar
Aos encantos dos recantos da minha terra de raras belezas, pra mais de mil.
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