Dize-me,
Por que escolheste a mim, hoje?
Sabes que a mim cabe a prerrogativa para pedir-te, distância...
Porém, como de costume, te achegas de mansinho com esse teu jeito todo de ser, tomas como se fora teus, os espaços vazios, entretanto, indisponíveis. Inebria-me, com o teu hálito encantador, levando-me num quase sonho de volta ao tempo.
Anacrônico, torno-me visitante em faixas passadas a me observar em meio a algumas felicidades, de ricochete, revejo momentos que se não foram os melhores, seguramente foram os mais graciosos.
Sob a sedução mágica e ao som de um piano, prazerosamente nostálgico, repasso lembranças que seguem ainda tão queridas. Tão assim, me sinto neste tempo onde não tenho como definir-lhe a temporalidade, onde tampouco me interessa lhe desmistificar os porquês.
Neste sem querer de todo querendo, me encontro, contudo, sem tristezas, ou lamentos de ausências - Apenas, comprazendo-me em sentir-te, na forma presente - Saudade!
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