Entre a saudade que a falta traz e a ansiedade das lembranças,
Encontro-me no aconchego do silêncio recordando-te!
Sou criança novamente a correr por entre os caminhos do passado reconfortando-me na segurança dos teus braços, assim entrelaçado faço caretas dando língua afugento os meus medos.
Confiante, desagrego-me de ti e vou além...
Desbravo e conquisto firmo-me no agora,
Sou o presente a agregar como agregavas, tu.
No silêncio dessa ausência – Sou um todo, Saudades!
Porém é neste ponto onde te encontro como antes.
Escarafunchando as lembranças, nossos melhores momentos, estreitados ao meu peito.
Assim inserido num tempo e neste espaço no qual já não te encontras eu a te render as graças por haver compartilhado contigo os sabores da vida e a delicia de haver sido teu filho.
Sabor que doravante se entranhará para sempre ao paladar de minha vida!
No degustar desta saudade, o conforto da confiança no acolhimento e cumprimento das promessas do nosso Criador, “Vinde a mim todos os que estão cansados e oprimidos, porque Eu os aliviarei". Mateus 11:28, em cujos braços me entrego refugiando-me em busca de conforto neste momento, e, a eles te aconchego , pai querido, para que encontres, também, descanso e paz!
PS.:
De quando em vez somos chamados a traduzir, inclusive sentimentos... Porque entre o céu e a terra estão, sem mistério, apenas na função de servir os medianeiros.
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