Mais um ladrido a juntar-se a tantos outros ecoantes.
Porém, em minutos o latido fez-se diferente reconhecendo a familiaridade de quem acaba de chegar.
O olhar humano reconhecido, meigo e terno afagou o coração canino, por quanto a troca de ternura processada entre aquelas criaturas tão distintas e tão familiares satisfezia ao ambiente batendo a poeira dos dias de ausência.
Nino que tudo observava pousado na soleira ronronou, chamado à atenção para si, sorrateiro sai indo ao encontro, e de modo acariciante enrosca-se, repetidas vezes, sobre aqueles pés como se os anos de separação não houvessem ocorrido.
Uma voz faz-se presente e o silêncio magistral interrompeu-se.
Repentino todo o encanto pareceu quebrar-se, o felino se eriça, enquanto o cão se afasta receoso...
Você?
Por favor, não responda... Ai, que saudade...
Não te imaginas o quanto!
Mais um dia amanhece, e, outras noites chegam..., favorecendo possibilidades que se confundem com o impossível, contudo, o canteiro se debulha em flores, entre as rosas Nino e Bob na constante disputa de atenção, como antes, em um tempo onde tudo parece sonho, e só a saudade insiste em ser real! |