Eu, outra vez, diante do mar, 
 
A brisa, de além mar, me traz aromas mil, 
 
Entre eles o teu perfume e muitas saudades! 
 
 
Todos os dias o mesmo frenesi, e quando, 
 
Tudo se desassossega ou ao fim do dia, 
 
Como gaivota buscando com que se alimentar 
 
Volto e me rendo, e serena queda minh’alma! 
 
 
Se me perguntares, do meu encanto, 
 
Não saberei responder-te, o por quê! 
 
 
Sei somente que entre a ribalta reluzente e  
 
O horizonte tirante a negro, eu, a esperar,  
 
Ao sopro dos ventos em segredo me confessesando às ondas. 
 
 
Numa nesga do tempo,  
 
Mais um dia e outra noite, se, findam, 
 
E tu, nem sei...! 
 
 
Perambulando nas águas sob o luar, 
 
Eu, ouvindo os ventos e esperando..., 
 
 
Mas, já é tarde, 
 
Talvez tarde de mais, quem sabe, 
 
Por que eu já nada mais sei!  
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