Ontem tive a ti, por perto,
O meu peito disparou como antes...,
A saudade se afastou, e te contemplei como nunca!
Teu cheiro estranho foi ao meu olfato,
O celeste dos teus olhos já não cintilava, luzia em cólera;
A tua presença estava mais arqueada...
Os teus pensamentos ganhavam corpo num falar desconexo.
Gesticulavas mencionando-te como vitima, na verdade o, és;
Vitima de tuas irreflexões, olvidaste, reações derivam das ações!
Movia-te como sempre, porém o teu caminhar denotava o esboço
Das tuas distorções, assim davas passos espiralados, sem norte.
Vestias branco, mas, até mesmo tua alva pele se mostrava escura!
Um sentimento forte me invadiu...
Na vontade de estreitar-te em meus braços, de outra vez me colar a ti,
Entretanto, o arrebatar desse sentimento me foi num todo distinto...!
Quantas foram as vezes que me desnudei diante dos teus olhos brilhantes,
Agora, naquele momento, eu via a ti, embora trajado totalmente à mostra,
Foi ali que te desejei muito mais que antes...!
Chorou os olhos de minh’alma ao ver-te,
Tua presença, ontem, me foi marcante,
Mas, o homem, ali junto a mim não era o mesmo!
E o sentimento arrebatador que àquele tu, me inspirou,
Foi a mais pura compaixão – Meu amor te seguirá,
Como sempre, amor que é amor nunca morre...
Nem cambia, nivela-se para amparar,
Entanto, não se coaduna com distorções e estacionamentos,
Mas espera seguro, pelo progresso certo daquele que ama!
Reencontra-te, e anda...!
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