Se o branco fosse cheiro e não cor.
A morte por certo teria o cheiro da brancura dos jalecos de enfermeiros e dos doutores céleres, urgentes, buscando a vida nos corredores encharcado de gentes, nas emergências.
Se não é branco o cheiro da morte!
Por que, então, cambiaram o branco das paredes hospitalares, por outra cor?
Azul, não é!
Porquanto o céu fica negro aos olhos daquele de ver o ser amado partir aninhado nos braços da morte.
Verde é a assim idealizada a esperança, todavia, na expectativa do fim o verde trás consigo algo do olor da aproximação do termo, que se exala pelo icor.
Rubro é a cor da vida navegando, corrente, pelas artérias.
E enquanto o sangue girar nas veias vermelho vivo, será assim a vida –Deixando espargir de si o perfume de suas ações.
Todavia é esse, vermelho vida, que, também, traduz em odor o perfume da dor.
Por conseguinte não teria, tu morte, ao subtrair o ente querido, outro aroma, senão o cheiro rubro e negro que, somente se faz sentir pelo destilar da tristeza, exalando-se lágrima a lágrima, na tão sentida hora da partida, particular ao que ama e aqui fica sob os efeitos dessa emanação.
Assim definindo-se o teu perfume em cor.
O teu cheiro morte, é Rubro-negro!
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