O que queres tu de mim?
Não, por favor, não me toques!
Se me dedilhas ressoante e solitária ficarei, por certo.
Grave será minha paixão!
Sem que tu te preocupes por minha variação.
Por favor, não me toques, se entre nós há separação.
Na distância numa acústica solidão sinto-me em ré, menor, com dó de mim; subordinada a mais aguda desafinação.
Pesa-me dizer-te, porém, por agora, afasta-te, de mim!
Leva pra longe as sabedorias contidas em tuas mãos e deixa-me, aos acordes de minha imaginação.
Refugiando-me, aí, me sinto acalentada!
Lá no âmago aquecida pelas muitas lembranças nossas.
Como se o próprio sol me acariciasse a alma, excitando-me.
Assemelhando-se, ele, a ti quando te deslizavas na anatomia do meu ser.
Conduzindo-me ao êxtase, fazendo-me, esquecer de toda compostura!
Numa entrega, melodiosamente, passiva sob teus toques e retoques.
Como se eu fora um instrumento ao afino de tuas atrativas, quão violadoras, mãos.
Afasta-te!
Se, se desarmoniza pelo espaço, todo o encanto, das modalidades do sentimento que se manifestava na plenitude de uma afetiva e sensual inclinação.
Não!
Por fa...!
Não me toques mais, as tuas mãos.
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