Todavia, já não me apetecem os biquínis minúsculos que possam deixar à mostra a flacidez de minhas carnes nos dias de verão.
Embora, eu reconheça que meus seios estriados já não comportam bem em decotes sensuais, esse recurso já não vai adiantar; ao contrário de suspiros, risos vão arrancar.
Entretanto já não interessa sair, por aí afora, competindo desarrazoada com a meninice atrás de doces ilusões.
Quero sim seguir jovem para:
- Usa da irreverência juvenil e nos dias e noites de verão ir à praia ou a um calçadão desfilar minha vestimenta corpórea; com suas rugas e manchas, diante de todos e mim mesma, sem inibição saborear a brisa suave, jungida a uma calidez que faz recordar com muito contentamento os dias em que, com um corpo rijo, desnudo dos temores e preconceitos do alto de dunas ou rente ao mar me lançava confiante, embora, não soubesse muito bem nadar.
- Sem traumas ou recalques, meu colo bem apreciar. Sem muito adorno, quero lhe exibir orgulhosamente, numa forma de gratidão; pelo prazer que me favoreceram nos momentos mais íntimos ou quando serviram à amamentação dos filhos lindos que bem nutridos causavam admiração.
- Prezar a juventude. Comprazendo-me com suas impetuosidades e disposição. Gargalhar de suas impressões sobre a vida, de suas caras pintadas... Estimulando-lhes à defesa de seus objetivos.
Quero, portanto, ser jovem o bastante e aceitar o desafio de me tornar anciã sem, contudo, me render à velhice. Que meus pensamentos se volvam maduros e capazes de reverem os conceitos que eu pensava ser ideais, quero ainda, coragem e oportunidade para reformá-los.
E se possível meu Deus!
Permiti-me manter o espírito consciente, quanto juvenil, animando-me quando meus membros e órgãos derem mostra que estão a perecer.
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