Deus,
Não concedestes aos Homens asas como destes aos passarinhos...
Contudo, mesmo com asas esses seres alados são limitados - os seus vôos.
Dotastes, então, os homens de razão e bem longe se vão com seus arrazoamentos, reflexões e outros pensamentos – Não havendo limites para o pensar.
Sendo a própria razão que leva e traz seres sem alas aos altiplanos dos questionamentos – asa bendita! Ao içar-se conduz os não alados com a avidez de uma águia – dilatando-lhes a perspicácia de todos os sentidos deixando-os voraz ao atuar.
No entanto, Deus, além de toda essa destreza que desenvolve os homens a partir do senso prático da razão que os eleva, porém, às vezes, em rasantes os transforma em seres repugnantes. Todavia, os dotastes de algo sumamente significante.
Doando-lhes um coração que ignora as fronteiras. Fazendo ir além do céu e chegar aos confins do horizonte. Distancia-se da razão nalguns instantes, mas, igualmente é, também, asa - um socorro!
E em devaneios – desdobramento salutar equilibra nos Homens o amor e a razão resultando num sublime raciocinar.
Por tudo isso meu Deus, obrigado!
Pelas asas que me proporcionam humanizar-me, hoje, mais e mais, a cada momento, para os vôos mais altos, no futuro alçar. Não obstante, sempre em sintonia com vós me encontro Força Motriz do meu existir e não deixeis, jamais, de vós me desviar.
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